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Boas vindas a fronteira da paz. Oficina de planejamento do Parque Tecnológico Binacional  

11 e 12/06/2025 em Santana do Livramento/ RS.

SOBRE

Sobre o Parque Tecnológico Binacional

Imagine um território onde a linha da fronteira não separa — conecta. Onde Brasil e Uruguai se encontram não apenas geograficamente, mas em ideias, talentos e sonhos de futuro. É exatamente nesse lugar singular, entre Sant’Ana do Livramento e Rivera, que está nascendo o Parque Tecnológico Binacional.

Mais do que um projeto, o PATES é um movimento. Um chamado à colaboração entre pessoas, instituições e territórios que compartilham desafios e também oportunidades. Aqui, inovação não é apenas uma palavra bonita — é ferramenta para transformar realidades locais em soluções globais.

O Parque foi pensado a muitas mãos, a partir de oficinas participativas, escuta ativa e diálogos entre universidades, empresas, governos e comunidades. O que emergiu foi uma visão clara: este território tem vocações únicas — e pode ser referência em Energias Renováveis, Agroalimentar Sustentável e Turismo com Identidade Binacional. Tudo isso, sem perder de vista os pilares que sustentam o futuro: sustentabilidade, cooperação internacional e tecnologia com propósito.

Não se trata apenas de instalar laboratórios, incubadoras ou centros de pesquisa. Trata-se de criar um ecossistema vivo, conectado com as potencialidades da Campanha Gaúcha e do norte uruguaio. Um ambiente onde jovens podem empreender com apoio, onde produtores locais encontram novos mercados, e onde a inovação tem sotaque binacional.

O Parque Tecnológico Binacional de Santana do Livramento é, antes de tudo, uma ponte. Entre o que somos e o que podemos ser. Entre o passado de integração e o futuro de transformação. Um território que escolhe caminhar junto — porque acredita que os grandes avanços nascem da colaboração, e que fronteiras existem para serem reinventadas.

Trajetória do Parque Tecnológico Binacional de Santana do Livramento

2019–2021 | Sementes da Cooperação

Fortalecimento da agenda de integração regional entre Rivera e Sant’Ana do Livramento.

  • Parcerias entre universidades (UNIPAMPA, UTEC, IFSul, UDELAR).

  • Ações da AREAB (Articulação da Região Econômica da Área de Fronteira).

  • Debates sobre vocações produtivas e sustentabilidade no território.
     

2022 | Ideia em Construção

Surgem os primeiros esboços da proposta do Parque como instrumento de desenvolvimento binacional.

  • Diagnósticos regionais e articulações institucionais iniciais.

  • Encontros técnicos e mesas de diálogo sobre inovação, fronteira e potencial produtivo.
     

2023-2024 | Planejamento e Mobilização

Planejamento participativo e articulação ampliada com atores públicos, privados e da sociedade civil.

  • Encontros preparatórios, rodadas de conversas e reuniões bilaterais.

  • Consolidação do apoio institucional no Brasil e no Uruguai.
     

 2025 | Construção Coletiva em Movimento

Oficinas colaborativas com foco em modelo de negócio, vocações produtivas e governança.

  • Primeira oficina binacional em Livramento–Rivera (junho de 2025).

  • Aplicação de ferramentas: Canvas, SWOT territorial, Miro interativo.

  • Participação ativa de universidades, governos, empreendedores e jovens.

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Linha do Tempo

Nossa linha do tempo

TERRITÓRIO

Existem lugares no mundo onde a fronteira é uma linha. Aqui, ela é uma convivência. Rivera e Sant’Ana do Livramento formam uma só cidade com dois idiomas, duas culturas e infinitas conexões. Um território onde o ir e vir não exige tradução — apenas disposição para dialogar, trocar e construir juntos.

A fronteira entre Brasil e Uruguai, especialmente neste ponto da Campanha Gaúcha e do norte uruguaio, é rica em história, diversidade e vocações produtivas. É um espaço onde o campo, o comércio, a cultura e a inovação se entrelaçam diariamente. Onde universidades, escolas técnicas, empreendedores e comunidades compartilham mais do que espaço: compartilham destino.

Mas este território não se resume ao que já é. Ele pulsa com o que pode ser. Aqui, há condições únicas para o desenvolvimento de cadeias sustentáveis de valor, como a vitivinicultura, a produção agropecuária de qualidade, as energias limpas e o turismo de experiências. É também um campo fértil para a criatividade, a tecnologia e o empreendedorismo com identidade.

Por isso, o Parque Tecnológico Binacional nasce enraizado neste chão. Não como um projeto que vem de fora, mas como um processo que cresce de dentro — da escuta, da colaboração e do reconhecimento das riquezas que já existem. O território é, ao mesmo tempo, ponto de partida e horizonte. Ele oferece o solo e a inspiração para que a inovação floresça com sentido local e alcance global.

Construir um Parque Tecnológico aqui é, também, uma escolha política e afetiva: a de valorizar o que é nosso, integrar saberes diversos e posicionar a fronteira como um polo de referência em desenvolvimento sustentável, cooperação internacional e futuro compartilhado.

RESULTADOS DAS OFICINAS

PATES - Parque Tecnológico Binacional de Santana do Livramento

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A Oficina de Planejamento Pates, realizada nos dias 11 e 12 de junho de 2025 em Santana do Livramento, representou um marco estratégico no fortalecimento da governança regional e na construção colaborativa de um ecossistema de inovação sustentável para a fronteira Brasil-Uruguai. Durante dois dias de intensos trabalhos, foram mobilizados representantes de instituições públicas e privadas, universidades, organizações sociais e lideranças locais e binacionais, culminando na identificação de prioridades, desafios e oportunidades para o desenvolvimento territorial por meio da ciência, tecnologia e inovação.

A seguir, compartilhamos os principais resultados.

Figura 1. Cadeias prioritárias a serem trabalhados pelo

Parque Tecnológico Binacional nas suas atividades.

Figura 2. Cadeias prioritárias e os principais desafios a serem trabalhados pelo Parque Tecnológico Binacional nas suas atividades.

Realização da Oficina de Planejamento Estratégico

A Oficina de Planejamento Estratégico do Parque Tecnológico Binacional (PATES) foi realizada nos dias 11 e 12 de junho de 2025, com o objetivo de aprofundar o diagnóstico territorial e construir de forma colaborativa propostas estruturantes para o plano de negócios do Parque. A iniciativa foi promovida pelos Ministérios do Planejamento e Orçamento (MPO) e da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), em articulação com instituições locais, estaduais e federais do Brasil e do Uruguai.

Visitas Técnicas e Reuniões no Território - 11 de junho de 2025

●      Almoço de trabalho no Solar Dom Pedro, com participação de representantes dos dois países, no qual foi abordada a importância da reativação da malha ferroviária e das conexões intermodais;

●      Visita Técnica às instalações do IFSUL com o objetivo de conhecer os cursos Binacionais;

●      Visita à Estação do Trem do Pampa, momento para conhecer uma das propostas turísticas da região, liderada pela empresa Giordani Turismo.

●      Visita à Vinícola Almadém, momento para conhecer o maior vinhedo do Brasil propriedade de mais de 1000 hás e atualmente com mais de 400 hás em produção, onde são elaborados os vinhos Almadém desde 1973.

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Visitas Técnicas e Reuniões no Território - 12 de junho de 2025

Estrutura Organizacional / Governança

A estrutura de governança do Parque Tecnológico Binacional de Santana do Livramento (PATES) deverá refletir sua natureza multissetorial, urbana e transfronteiriça, articulando os diferentes atores envolvidos na construção do desenvolvimento regional por meio da inovação. Durante a Oficina de Planejamento Estratégico realizada nos dias 11 e 12 de junho de 2025, as mesas temáticas contribuíram com percepções e sugestões sobre os arranjos institucionais desejáveis para garantir a efetividade, representatividade e sustentabilidade do Parque.

Nas próximas instâncias deverá ser construido um modelo inicial e deverá ser aprofundado nas próximas etapas do processo, incluindo escutas com a proponente do projeto e os diferentes segmentos representados, a análise jurídica, a definição do modelo de operação e validação institucional conjunta entre os dois países.

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Figura 06 = Enquete Parque Missão .png

O primeiro dia da programação foi dedicado à visita técnica ao território, com foco em proporcionar uma visão integrada dos ativos estratégicos da região de fronteira. A agenda incluiu:

●       Visita ao Aeroporto Binacional de Rivera, recentemente inaugurado, para conhecimento da infraestrutura e discussão sobre seu papel logístico e turístico na estratégia do Parque;

 Figura 4 - Visita ao Trem do Pampa, 2025.

Figura 3 - Visita Técnica ao Aeroporto Binacional de Rivera, 2025.

No segundo dia, realizou-se a oficina técnica com os diversos setores estratégicos do território. A atividade ocorreu das 9h às 17h, com metodologia estruturada em três etapas:

1.    Análise FOFA (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) das cadeias produtivas e temáticas transversais;

2.    Construção de um Canvas Estratégico com proposição de valor, atores-chave, recursos e instrumentos necessários;

3.    Elaboração de planos de ação preliminares utilizando a metodologia 5W2H, com definição de responsáveis, prazos e formas de execução.

A estrutura metodológica utilizada (FOFA → Canvas → 5W2H) possibilitou a transição ordenada do diagnóstico à proposição de ações concretas, facilitando o alinhamento entre as necessidades locais e as potencialidades de inovação.

Os grupos foram organizados por temas prioritários: arroz e soja, vitivinicultura e olivicultura, pecuária (bovina e ovina), energias renováveis, turismo, mudanças climáticas e sustentabilidade.

Figura 5 - Oficina Técnica, 2025.

A partir das criações coletivas, foram geradas três frases para a Proposta de Valor do Parque, as que foram colocadas em votação entre os presentes para entender qual delas representava a maioria dos presentes. A opção escolhida foi: “Promover a inovação, integração produtiva e sustentabilidade das cadeias estratégicas do território, conectando empresas, governos, academia, redes, investidores e sociedade”.

Figura 7 - Apresentação do Parque de Itaipu, 2025.

Além das atividades em grupos, o dia incluiu também duas apresentações institucionais de referência:

●      A apresentação do Itaipu Parquetec, trazendo experiências de estruturação, governança e funcionamento e agregando valor e conhecimento sobre oportunidades para o futuro do Pates;

●      A apresentação do estado do Projeto do Parque Tecnológico Regional Norte (PTRN) em Rivera, no Uruguai, destacando as ações já desenvolvidas, as articulações com o setor público e reforçando a integração com o Pates.

Esses exemplos contribuíram para inspirar o modelo binacional do PATES, reforçando a importância da cooperação transfronteiriça e do alinhamento entre ciência, tecnologia, inovação e desenvolvimento territorial.

1 Cadeia de Vitivinicultura e Olivicultura

2 Cadeia de Arroz e Soja (Grãos)

Durante a Oficina do Parque Tecnológico Binacional, representantes da cadeia da vitivinicultura e olivicultura da Campanha Gaúcha e da fronteira Brasil–Uruguai construíram de forma colaborativa um diagnóstico estratégico da área. A partir da matriz FOFA e do canvas setorial, foram identificadas oportunidades como o enoturismo, certificações e diferenciação territorial, além da necessidade de infraestrutura, integração de atores e incentivos fiscais. Como resultado, foi elaborado um plano de ação com foco em atração de empresas-âncora, articulação de políticas públicas e aproximação com produtores. As propostas visam agregar valor aos vinhos e azeites locais, fortalecer a identidade regional e impulsionar a inovação na cadeia.

O material completo Swot, Canvas e Plano de Ação (5W2H) co criado durante a oficina está disponível neste link: VITI-OLIVOS

Os representantes da cadeia de grãos (arroz e soja) mapearam, de forma colaborativa, os principais desafios e oportunidades do setor. A matriz FOFA destacou o potencial produtivo da região e sua relevância econômica, contrastando com gargalos logísticos, baixa qualificação de mão de obra e limitada cultura de inovação. Entre as oportunidades, destacaram-se a agricultura de precisão, a digitalização e a demanda global por grãos sustentáveis.

Como resultado, o grupo propôs soluções que o Parque pode oferecer, como apoio à inovação climática, qualificação técnica, rastreabilidade e infraestrutura logística. Foi construído um plano de ação com três eixos prioritários: formação profissional rural, melhoria logística e tecnologias para adaptação às mudanças climáticas.

O impacto previsto inclui o fortalecimento da resiliência produtiva, geração de empregos qualificados e maior competitividade da cadeia na fronteira sul.

O material completo Swot, Canvas e Plano de Ação (5W2H) co criado durante a oficina está disponível neste link:ARROZ E SOJA

3 Cadeia de Ovinocultura e Bovinocultura

4 Cadeia de Energias Renováveis

A cadeia da pecuária foi analisada com a participação de representantes acadêmicos, produtores e instituições de pesquisa e extensão rural. A matriz FOFA destacou como pontos fortes a tradição pecuária, os campos naturais e a qualidade genética da região, enquanto as principais fragilidades estão ligadas à baixa adoção tecnológica e à informalidade. O grupo também identificou oportunidades em carnes premium, integração com turismo rural e biotecnologia, frente a ameaças como exigências internacionais e instabilidades climáticas.

As propostas para o Parque incluem apoio a biotecnologias, certificações de qualidade, desenvolvimento de novos produtos e formação de jovens rurais. O plano de ação prevê a criação de uma rede de laboratórios no Pampa e encontros técnicos a partir de setembro de 2025 para fortalecer a cadeia.

O impacto esperado envolve mais competitividade, conexão entre ciência e mercado, inovação na pecuária extensiva e valorização da identidade territorial das carnes da Campanha Gaúcha.

O material completo Swot, Canvas e Plano de Ação (5W2H) co criado durante a oficina está disponível neste link:OVINO-BOVINO

A cadeia de energias renováveis foi debatida com foco na valorização das iniciativas existentes e na ampliação do protagonismo regional na transição energética. A análise FOFA evidenciou o potencial eólico e solar da região, políticas de incentivo e investimentos já consolidados, ao lado de desafios como infraestrutura limitada, escassez de mão de obra qualificada e dependência externa.

O grupo definiu propostas de valor para o Parque, como capacitação técnica em energias limpas, programas de educação comunitária sobre uso responsável de recursos naturais e articulação para facilitar o acesso a crédito e incentivos. O plano de ação prioriza a formação técnica e a conexão entre universidades, produtores, startups e poder público para criar uma comunidade de prática em energias renováveis.

Entre os impactos esperados estão a geração de empregos qualificados, expansão da infraestrutura de suporte técnico e o posicionamento da região como referência binacional em inovação sustentável no setor energético.

O material completo SWOT, Canvas e Plano de Ação (5W2H) co-criado durante a oficina está disponível neste link: ENERGIAS RENOVÁVEIS

5 Cadeia de Turismo (Rural, Cultural, Gastronômia, Explorer)

A mesa dedicada ao turismo reuniu representantes públicos, privados, acadêmicos e da sociedade civil para discutir os desafios e potencialidades do turismo na fronteira Sant’Ana do Livramento–Rivera. A análise FOFA destacou como pontos fortes o enoturismo, os atrativos naturais e culturais e os eventos binacionais; entre as fragilidades, surgem a infraestrutura limitada, pouca diversificação e baixa integração entre os dois lados da fronteira.

As propostas para o Parque incluem a articulação de redes turísticas inovadoras, o suporte à criação de roteiros integrados e o fortalecimento da identidade cultural da Fronteira da Paz. O plano de ação propôs iniciativas como um hackathon criativo, uma plataforma digital para roteiros turísticos, conexões e um rebranding do destino.

Os impactos esperados envolvem aumento da atratividade e do tempo de permanência dos visitantes, geração de empregos e fortalecimento da imagem binacional da região como destino de inovação, cultura e experiências únicas.

O material completo Swot, Canvas e Plano de Ação (5W2H) co criado durante a oficina está disponível neste link: TURISMO

6 Linha Transversal Mudanças Climáticas

A temática de mudanças climáticas foi abordada de forma transversal durante a Oficina do Parque Tecnológico Binacional, reunindo representantes da Defesa Civil, GSI da Presidência, universidades, centros meteorológicos e especialistas em inovação. A análise FOFA destacou o potencial científico e ambiental da região, frente a desafios como a baixa preparação institucional e a necessidade de infraestrutura para monitoramento e resposta a eventos extremos.

O Parque foi identificado como espaço estratégico para desenvolver soluções aplicadas de adaptação e mitigação, promover testes e plantas piloto, e conectar produtores, academia e instituições de defesa civil. O plano de ação propõe a criação de um projeto integrado de segurança climática e o diagnóstico de demandas e capacidades existentes, como base para o futuro Centro de Inteligência Climática do PATES.

Os impactos esperados incluem o fortalecimento da resiliência territorial, posicionamento do Parque como referência regional em inovação climática e ampliação da capacidade de resposta frente a desastres natu

O material completo Swot, Canvas e Plano de Ação (5W2H) co criado durante a oficina está disponível neste link: MUDANÇAS CLIMATICAS

7 Linha Transversal Sustentabilidade

A sustentabilidade foi tratada como eixo estratégico transversal na Oficina do Parque Tecnológico Binacional, abrangendo dimensões ambiental, social, econômica e institucional, com base nos princípios ESG e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A análise FOFA evidenciou o potencial regional para práticas sustentáveis, mas também a necessidade de capacitação, estrutura para certificações e políticas públicas mais estáveis.

As propostas de valor definidas incluem a criação de um hub regional de inteligência e certificação em sustentabilidade, um centro de negócios voltado à economia circular, e a articulação de políticas e atores locais para fomentar práticas sustentáveis no Bioma Pampa. O plano de ação contempla a implementação do Centro de Inteligência Climática, um Centro de Negócios Sustentáveis e uma política territorial de promoção dos ODS.

Com início previsto para o segundo semestre de 2025, essas ações visam posicionar o território como referência em inovação sustentável, gerar valor compartilhado e reter talentos na região da fronteira Brasil–Uruguai.

O material completo Swot, Canvas e Plano de Ação (5W2H) co criado durante a oficina está disponível neste link:SUSTENTABILIDADE

Figura 6 - Enquete Propostas de valor, 2025.

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